Esta divindade
solar regente do mês de fevereiro é representada por um veado branco com olhos
de fogo, estando à serviço de Guaraci, o sol, a Mente Universal, a Primeira
Pessoa da Trindade Tupi, e tem como principal função proteger os animais em
fase de aleitamento e gestação, contra os caçadores, e, na mitologia tupi,
aquele que matasse uma paca barriguda ou um porquinho em fase de amamentação
corria o risco de ser perseguido pela divindade Anhangá ou de simplesmente
encontrar Anhangá na floresta, e os olhos vermelhos do veado de Guaraci,
lançando faíscas, produziam febre interna no caçador e no malvado que matava um
animal pelo simples prazer de matar. Dessa forma, o ministro Anhangá era um
mandamento ecológico na floresta que os índios respeitavam e, consequentemente,
preservavam a fauna.
Anhangá é uma representação da
natureza revoltada contra a humanidade que destruiu a antiga Atlântida
provocando o desequilíbrio ecológico. O Indianismo propõe a tônica de Anhangá
como proteção, maternidade, atividade, reprodução, sendo que, historicamente,
este signo de veado representa bem a missão que Tamandaré desempenhou de
protetor do meio ambiente ao introduzir na filosofia de vida dos índios a
ecologia. O veado branco com olhos de fogo serve como figura da natureza
revoltada, da ira divina e da missão de Tamandaré. Representa a queda da
Atlântida e a missão criadora que todos os nativos de veado devem desempenhar
na vida.
Os nativos deste signo podem e devem
adotar a filosofia dessa divindade, tornando-se defensores não só daqueles
animais em fase de gestação e aleitamento, mas de todos os animais, assumindo,
dessa forma, na Terra, um cargo de ministro de Guaraci, o Deus Sol. Mandamento
de Anhangá: não matar os animais, principalmente os animais em fase de
aleitamento e gestação.
Anhangá representa o elemento fogo.